Pouca gente sabe, mas novembro também marca o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidente de Trânsito, no terceiro domingo do mês, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1995.
Complete a frase aí: a pressa é inimiga da… vida!
Como ortopedista, também sou médico plantonista da UPA do Jardim Sabará, em Londrina, PR. Então, quando se fala de acidente de trânsito, eu posso afirmar: tá osso!
Conhecendo a natureza das ocorrências, é possível constatar que muitas lesões graves e mortes seriam evitadas com mais prudência, atenção e cautela.
De janeiro até agosto deste ano, mais de 2 mil acidentes (2.018) foram registrados pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina – a CMTU. Destes acidentes, são mais de 2 mil vítimas (2.341), 43 delas fatais; 14 mortes somente de pedestres. É ou não é alarmante?
Será que é possível mudar este cenário? E a responsabilidade, é de quem?
Acredito numa somatória de fatores. Claro que o poder público tem sua responsabilidade, de oferecer vias bem sinalizadas e mais seguras. Mas cá entre nós, na maioria das vezes, os acidentes acontecem por imprudência e imperícia dos próprios envolvidos. Neste mesmo período, de janeiro a agosto de 2020, sabem quais foram os principais motivos de autuações no trânsito?
- Em primeiro lugar, exceder o limite de velocidade da via em até 20% – mais de 25.400 multas (25.441)
- Em segundo, falta do uso do cinto de segurança. fala sério, gente?! Mais de 13.600 pessoas autuadas (13.632)
- E em terceiro lugar, o uso do celular na direção, com mais de 8.300 multas (8.350)
Deixo aqui meu respeito e sentimentos às famílias que perderam seus entes queridos em acidentes de trânsito e deixo também o meu apelo: a verdadeira mudança de comportamento e cultura no trânsito começa por mim e por você. Bora repensar?
Alexandre Jaccard, ortopedista especialista em coluna
Dados: CMTU-Londrina
Fonte: www.alexandrejaccard.com.br / CRM PR 27412 / CRM SP 116.476